Brasil 1534-1548
1534.
Pero Lopes de Sousa, irmão de Martim Affonso, tendo obtido a Capitania de S. Amaro encravada na de S. Vicente, consegue fundar huma pequena colonia, não sem bastante resistencia dos Indigenas.--A Pero de Goes coube a Capitania da Parahyba do Sul; e tendo della tomado posse neste anno, vê-se obrigado a abandonal-a dentro em pouco tempo.--A Vasco Fernandes Coutinho coube a Capitania do Espirito Santo: consegue estabelecer-se nas immediações do lugar onde desembarcou Cabral, e aldêar os Indios Tupininquins ahi existentes.--A Jorge de Figueiredo Corrêa foi dada a Capitania dos Ilhéos; e a Pero do Campo Toyrinho a de Porto-Seguro. Ambas estas Capitanias florecerão dentro em pouco tempo, chegando até a de Porto-Seguro a exportar grande quantidade de assucar.
1535.
Tendo sido dada a Duarte Coelho Pereira a Capitania de Pernambuco, chega elle ao seu destino, trazendo em sua companhia grande numero de familias: e depois de expellir os temiveis Cahetés, lança os fundamentos da cidade de Olinda. Na expulsão dos Cahetés muito o auxiliárão os Indios Tabyra, Hagybe (braço de ferro), e Piragyhe (braço de peixe).--Ao celebre historiador João de Barros fôra dada a Capitania do Maranhão. Porém não lhe sendo possivel tratar immediatamente de povoar e colonisar a Capitania, cedeo-a em favor de Luiz de Mello, ao qual succede a desgraça de naufragar nos baixios do Maranhão.--A Francisco Pereira Coutinho coube a Capitania da Bahia de Todos os Santos; e chega a seu destino neste anno. (Afóra as 9 capitanias que temos mencionado, devemos ás minuciosissimas investigações do Sr. Varnaghen o conhecimento de mais 3, cujos Donatarios foram Ayres da Cunha, Fernão Alvares de Almada, e Antonio Cardoso de Barros, perfazendo assim o numero de 12, em que diz Barros fôra dividido o Brasil).
1535--1548.
Tendo sido mal succedido Luiz de Mello na Capitania do Maranhão, é João de Barros reintegrado nos seus direitos a essa Capitania. Faz elle uma sociedade com Fernão Alvares de Andrade, e Ayres da Cunha para a colonisação da Capitania. Sahe com effeito huma expedição ao mando de Ayres da Cunha; porém teve nos mesmos baixios do Maranhão o mesmo desastroso fim de Luiz de Mello (1536).--Tambem na sua Capitania he infeliz Francisco Pereira Coutinho, mas por culpa sua. E com effeito, em lugar de tratar brandamente os Indios e de procurar sua amizade e alliança, fez-lhes guerra de exterminio, chegando até a apossar-se dolosamente de Diogo Alvares Corrêa o Caramurú. A famosa Paraguassú, esposa de Caramurú, excita os Tupinambás á vingança, e obriga Coutinho a fugir. Feita porém a paz, voltava este á Bahia, quando huma furiosa tempestade o fez naufragar em Itaparíca (1548). Os que escaparão do naufragio morrerão ás mãos dos Indigenas; entre elles o proprio Coutinho: só forão poupados Caramurú, e sua comitiva.
Leia também: Brasil 1526, 1532
Pero Lopes de Sousa, irmão de Martim Affonso, tendo obtido a Capitania de S. Amaro encravada na de S. Vicente, consegue fundar huma pequena colonia, não sem bastante resistencia dos Indigenas.--A Pero de Goes coube a Capitania da Parahyba do Sul; e tendo della tomado posse neste anno, vê-se obrigado a abandonal-a dentro em pouco tempo.--A Vasco Fernandes Coutinho coube a Capitania do Espirito Santo: consegue estabelecer-se nas immediações do lugar onde desembarcou Cabral, e aldêar os Indios Tupininquins ahi existentes.--A Jorge de Figueiredo Corrêa foi dada a Capitania dos Ilhéos; e a Pero do Campo Toyrinho a de Porto-Seguro. Ambas estas Capitanias florecerão dentro em pouco tempo, chegando até a de Porto-Seguro a exportar grande quantidade de assucar.
1535.
Tendo sido dada a Duarte Coelho Pereira a Capitania de Pernambuco, chega elle ao seu destino, trazendo em sua companhia grande numero de familias: e depois de expellir os temiveis Cahetés, lança os fundamentos da cidade de Olinda. Na expulsão dos Cahetés muito o auxiliárão os Indios Tabyra, Hagybe (braço de ferro), e Piragyhe (braço de peixe).--Ao celebre historiador João de Barros fôra dada a Capitania do Maranhão. Porém não lhe sendo possivel tratar immediatamente de povoar e colonisar a Capitania, cedeo-a em favor de Luiz de Mello, ao qual succede a desgraça de naufragar nos baixios do Maranhão.--A Francisco Pereira Coutinho coube a Capitania da Bahia de Todos os Santos; e chega a seu destino neste anno. (Afóra as 9 capitanias que temos mencionado, devemos ás minuciosissimas investigações do Sr. Varnaghen o conhecimento de mais 3, cujos Donatarios foram Ayres da Cunha, Fernão Alvares de Almada, e Antonio Cardoso de Barros, perfazendo assim o numero de 12, em que diz Barros fôra dividido o Brasil).
1535--1548.
Tendo sido mal succedido Luiz de Mello na Capitania do Maranhão, é João de Barros reintegrado nos seus direitos a essa Capitania. Faz elle uma sociedade com Fernão Alvares de Andrade, e Ayres da Cunha para a colonisação da Capitania. Sahe com effeito huma expedição ao mando de Ayres da Cunha; porém teve nos mesmos baixios do Maranhão o mesmo desastroso fim de Luiz de Mello (1536).--Tambem na sua Capitania he infeliz Francisco Pereira Coutinho, mas por culpa sua. E com effeito, em lugar de tratar brandamente os Indios e de procurar sua amizade e alliança, fez-lhes guerra de exterminio, chegando até a apossar-se dolosamente de Diogo Alvares Corrêa o Caramurú. A famosa Paraguassú, esposa de Caramurú, excita os Tupinambás á vingança, e obriga Coutinho a fugir. Feita porém a paz, voltava este á Bahia, quando huma furiosa tempestade o fez naufragar em Itaparíca (1548). Os que escaparão do naufragio morrerão ás mãos dos Indigenas; entre elles o proprio Coutinho: só forão poupados Caramurú, e sua comitiva.
Leia também: Brasil 1526, 1532
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