Brasil 1526, 1532
1526.
Para obstar a qualquer tentativa dos estrangeiros no Brasil parte huma esquadra ao mando de Christovão Jacques. Com effeito, chegando este á Bahia de Todos os Santos encontra e mette a pique dous navios Francezes que poucos dias antes ahi havião entrado. Parte depois para o Norte, e funda nas costas de Pernambuco a primeira feitoria Portugueza, denominada Itamaracá.
1530.
Tendo-se os Francezes estabelecido na feitoria de Itamaracá, por elles occupada, envia El-Rei Duarte Coelho Pereira que os expulsa, e transfere a feitoria para Iguaraçú, poucas milhas distante da primeira.--Tendo-se tambem sabido que os Hespanhóes se achavão estabelecidos no Rio da Prata, e temendo El-Rei que elles se quizessem estender pelas terras do Brasil envia uma armada ás ordens de Martim Affonso de Sousa (3 de Dezembro).
1531.
El-Rei divide o Brasil em Capitanias hereditarias; as quaes distribue por pessoas benemeritas por seus serviços com a obrigação de povoal-as afim de obstar ás invasões estrangeiras, e aos ataques dos Indigenas.--Martim Affonso de Sousa, primeiro Donatario, chega a Pernambuco e dirige-se para o sul: entra na Bahia de Nicterohy ou Rio de Janeiro a 30 de Abril (posto que alguns Escriptores dizem ter sido ao 1.º de Janeiro de 1532, e outros ao 1.º de Janeiro de 1531. Nós porém seguimos neste ponto o Diario da Navegação de Pero Lopes, onde se pode ver a observação que faz Varnaghen a esta questão): corre ao S., e chega até o Rio da Prata. Não encontrando pela costa estabelecimento algum Hespanhol ou estrangeiro, faz-se de volta á sua Capitania.
1532.
Entra Martim Affonso na Bahia de S. Vicente na Capitania do mesmo nome (22 de Janeiro), e ahi funda elle a primeira povoação de alguma importancia no Brasil, que denomina S. Vicente. (Outros escriptores dizem ter Martim Affonso entrado no porto de Santos e depois disto fundado ao S. desta Bahia a colonia de S. Vicente. Porém abandonando esta opinião por menos bem fundada, seguimos inteiramente a relação de Pero Lopes, já tantas vezes citada). Brilhante foi a sua administração. Por meio de João Ramalho conseguio a alliança do celebre Indio Tebyriçá; e em paz com os Indigenas, só cuidou na prosperidade da colonia, introduzio as criações muares, a canna de assucar, etc.
Leia também:Brasil 1510-1521
Para obstar a qualquer tentativa dos estrangeiros no Brasil parte huma esquadra ao mando de Christovão Jacques. Com effeito, chegando este á Bahia de Todos os Santos encontra e mette a pique dous navios Francezes que poucos dias antes ahi havião entrado. Parte depois para o Norte, e funda nas costas de Pernambuco a primeira feitoria Portugueza, denominada Itamaracá.
1530.
Tendo-se os Francezes estabelecido na feitoria de Itamaracá, por elles occupada, envia El-Rei Duarte Coelho Pereira que os expulsa, e transfere a feitoria para Iguaraçú, poucas milhas distante da primeira.--Tendo-se tambem sabido que os Hespanhóes se achavão estabelecidos no Rio da Prata, e temendo El-Rei que elles se quizessem estender pelas terras do Brasil envia uma armada ás ordens de Martim Affonso de Sousa (3 de Dezembro).
1531.
El-Rei divide o Brasil em Capitanias hereditarias; as quaes distribue por pessoas benemeritas por seus serviços com a obrigação de povoal-as afim de obstar ás invasões estrangeiras, e aos ataques dos Indigenas.--Martim Affonso de Sousa, primeiro Donatario, chega a Pernambuco e dirige-se para o sul: entra na Bahia de Nicterohy ou Rio de Janeiro a 30 de Abril (posto que alguns Escriptores dizem ter sido ao 1.º de Janeiro de 1532, e outros ao 1.º de Janeiro de 1531. Nós porém seguimos neste ponto o Diario da Navegação de Pero Lopes, onde se pode ver a observação que faz Varnaghen a esta questão): corre ao S., e chega até o Rio da Prata. Não encontrando pela costa estabelecimento algum Hespanhol ou estrangeiro, faz-se de volta á sua Capitania.
1532.
Entra Martim Affonso na Bahia de S. Vicente na Capitania do mesmo nome (22 de Janeiro), e ahi funda elle a primeira povoação de alguma importancia no Brasil, que denomina S. Vicente. (Outros escriptores dizem ter Martim Affonso entrado no porto de Santos e depois disto fundado ao S. desta Bahia a colonia de S. Vicente. Porém abandonando esta opinião por menos bem fundada, seguimos inteiramente a relação de Pero Lopes, já tantas vezes citada). Brilhante foi a sua administração. Por meio de João Ramalho conseguio a alliança do celebre Indio Tebyriçá; e em paz com os Indigenas, só cuidou na prosperidade da colonia, introduzio as criações muares, a canna de assucar, etc.
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